Mídias na Educação

As imagens são algo que chamam atenção do telespectador que assistem, muitas vezes como se fosse algo "fora" de nós: ora, nós estamos nesse mundo, fazemos parte dele, por ele somos radicalmente subjetivados. Sabemos que não podemos fazer de conta que as tecnologias estão mudando a cada dia que passa, nem deixar os nossos alunos sem o uso delas ou utilizá-las não sabendo fazer uma reflexão sobre as mesmas.
Trabalhar com projetos, utilizando as mídias, permite a valorização do aluno como parte integrante do processo; os mesmos serão os produtores de seus trabalhos e não somente copistas, sabendo avaliar o que a mídia quer transmitir, por exemplo: produtos para emagrecer, vão ter que fazer uma prévia pesquisa para ver realmente qual o interesse da venda do determinado produto e quais benefícios ou prejuízos traz para a saúde, ou se é questão somente de lucro. Questionar os alunos: Nós seres humanos somos todos iguais?
Hoje, a escola possui novas possibilidades de educar com as mídias, devemos compreender e interpretar os meios de comunicação audiovisuais, os quais desempenham, indiretamente, um papel educacional relevante. As informações, interpretadas mostram-nos várias linguagens, sendo que é possível levá-las à sala para fazer uma análise juntamente com os alunos, diagnosticando as possibilidades que a mídia nos oferece, fazendo a seguinte comparação: será que tudo que passam é real ou está inserida em torno do capital.
A inter-relação entre a comunicação e a educação permite desenvolver e aprimorar metodologias de uso das tecnologias da informação e da comunicação nos processos educativos, assim como estimular crianças, adolescentes e educadores a utilizarem a mídia como instrumento de mobilização e crítica social. O uso do jornal em sala de aula, a produção de fotografias, vídeos e sites em processos educativos são exemplos de formas de educomunicação. Porém, o objetivo principal dessas atividades é contribuir significativamente no processo de construção da cidadania, do exercício de direitos e deveres e de uma sociedade mais justa – a partir do exercício do direito à expressão e à comunicação.

É fundamental que a criança aprenda a equilibrar o concreto e o abstrato, a passar do visual para o raciocínio seqüencial da lógica falada e escrita. Não se trata de opor os meios de comunicação às técnicas convencionais de educação, mas de integrá-los, de aproximá-los para que a educação seja um processo completo, rico e estimulante. A escola precisa observar o que está acontecendo nos meios de comunicação e mostrá-los na sala de aula, discutindo-os com os alunos, a fim de ajudá-los a perceber os aspectos positivos e negativos das abordagens sobre cada assunto.
Adriana Nicoletti